obras e trabalhos artisticos de Flávio Miranda

Cada dia da vida do homem é como uma cena de uma obra artistica, onde com isso o homem se torna a peça principal desta obra

Thursday, October 25, 2007

Saudades do Mestre

Nobre dos vagabundos

Poeta do amor simples

Que foram de várias

Incessantemente

Resta-me teu ensinamento

Tua vida ficou a tua poesia

Tanto falando de amor

Ou cantando a tristeza

Quantas doses de whisky

Fizeram de tua sobriedade

A mais desvairada das razões

Nascimento Silva 107

Ficou tua história, tua vida

Por onde passou Elizete

Thursday, October 18, 2007

AO NASCER DO AMOR

Até que sinta a sua chegada depois de vários tempos de espera, quero desvendar este sentimento que em alguns momentos chega a me despir da razão, desvirginando a minha emoção, chegando ao êxtase de não sentir mais meus pés no chão. Busquei o amor sem ao menos saber o que ele iria reservar para mim, mesmo assim aceitei o desafio pensando que poderia moldar de minha forma, em alguns momentos consegui, em outros fui tomado pela emoção assim houve mudanças nos planos que no qual tinha traçado.

Certo dia fui consumido por uma vontade de apenas procurar conhecer o desconhecido, pois entrei em meu carro, sai de minha casa, acendi um cigarro e segui sem algum rumo. Ao entrar em um túnel de mangueiras, características das ruas de minha cidade, quando observava mundanas que daquelas que caem e destroem qualquer telhado de vidro, portadoras de um delicioso corpo que se consome até o caroço. O que muito me chamou atenção, que ela nem ao menos escolhia a quem dá de comer a sua carne, deixava todos lambuzados. Só que depois da satisfação saia desnuda e descabelada.

Em uma esquina paro o carro, esperando que o semáforo indique a minha preferência, pois quando ele se abre ao meu favor dobro a esquerda, pois lá em alguns metros estaciono o meu veículo e desço, quando enxergo a minha frente fruta madura, que aos poucos me causa o desejo de degustá-la. Ao trazer para o meu caro, começo descascando deixando sua carne exposta sob o domínio de minhas mãos que conduzem até a minha boca. Ao sentir-me saciado por alguns tostões sigo meu rumo e reflito: ainda não consegui o prazer que quero.

Ao sentir o amor, essência que no qual eu buscava, encontrei onde eu menos esperava encontrar, sem ao menos gastar valores para obter apenas uma satisfação fisiológica em alguns fragmentos de tempo. Não, sei que o amor existe que ele não se encontra em simples olhares. Amor canta a alegria, conforta a dor, aurora que guia em caminhos obscuros, a poesia que faz da razão da vida.


Publicado no Recanto das Letras em 18/10/2007
Código do texto: T699803

Monday, October 01, 2007

A POESIA E O AMOR

Meu corpo encontra-se repleto desta força,
Razões sempre descritas em minha arte,
Em busca de um dia poder chegar ao sol,
Declamando, versos ressonados do interior.

Tal momento se é representado pelas flores,
Sempre a sua lembrança conforta a solidão,
Leva-me a tecer sonhos, buscando objetivos
Que tornam o irreal, como metáforas.

Não se apaga nem com a morte fria,
Tornando-se imortal na vida quem fica,
Não usa maquiagem posta pelo homem,

Quando canta a alegria, conforta a dor.
Aurora que guia em caminhos obscuros,
Poesia que faz da razão da vida o amor.